Evolução humana
Concepção de vida
A
aprendizagem de vida tem o efeito de nos “lavar a alma” e significado de
livramento de nossa angústia, até sobre nós mesmos, quando percebemos que
muitas coisas que nos acontecem se devem ao nosso todo diante do mundo e da época
em que nascemos.
Talvez,
possamos interpretar como força do destino aquele desespero que nos atinge de
vez em quando, justamente para nos impelir a buscar forças interiores que
tragam luz aos nossos corações cansados e até entristecidos com tantas
dificuldades na vida.
Muitos
de nós já passamos por certas situações na vida, que se parecem com um beco sem
saída, onde não conseguimos fugir para nenhum lado, a não ser voltar por onde
viemos e enfrentar um problema ou desafio. Nesses momentos só podemos contar
com nossos talentos inatos!
Mas,
não podemos esquecer que há um componente metafísico importante que constitui
nossa existência, que pode ser potencializada pela fé. Esta fé pode nos
proporcionar resiliência para lutar por um mundo mais livre para nossa
existência plena, onde a conjunção entre vontade, consciência e natureza sejam
determinantes para o concretizar nosso poder criativo, voltado para caminhos de
luz e não de escuridão.
Entretanto,
precisamos enxergar a nós mesmos, por baixo de nossas camuflagens materiais! Pode
ser um simples momento de desapego das métricas e padrões de precificação das
pessoas, um breve esquecimento das mazelas humanas ou um instante especial de
lucidez, quando em meio às lutas do cotidiano, enxergamos com clareza o
fechamento de um ciclo ou a conclusão muito próxima de uma etapa ou fase da humanidade,
como um todo.
Concepção de mundo
Talvez,
nossa grande dor existencial seja, em parte, um resultado da adesão a um
sistema que nega a dimensão metafísica humana. Nem tudo o que vivenciamos nesta
vida é agradável ou bonito, mas precisamos compreender que as mazelas e as
tristezas deste mundo imperfeito e cheio de lágrimas são como fases escuras da
vida prática material. Neste ponto, assumimos um conjunto de crenças para
galgar as escadas de um obsoleto sistema de acúmulo de recursos, cuja razão de
existir é justamente a escassez de recursos e não a abundância. Para isto, este
sistema precisa de crenças e não, necessariamente, de fé.
Nosso modo
ancestral de produção e sobrevivência, sabidamente, é um sistema autofágico,
que nega nossa dimensão metafísica, onde somos usados como máquinas! Seu
conceito se baseia na reprodução cíclica de uma exclusão entre seres humanos, cuja
meta exclui a possibilidade da distribuição equitativa do seu maior produto, o
lucro, o qual justifica muitos meios contraditórios, que é a eliminação do próximo
para se ganhar mais. Esta é sua grande falha, por concepção.
Mesmo
assim, avançamos a cada geração e, por isso mesmo, aprendemos a dar valor ao
sacrifício de muitos por estes pequenos avanços. E é por isso que não podemos
ser ingênuos em relação à injustiça e até à crueldade, presentes nas sociedades
baseadas nesta grande matriz, que cobra altos custos humanos para se manter.
Mas, será
que não é passada a hora de reciclarmos nossas percepções e contribuir para concluirmos
este período de escuridão existencial e começar a transformar nosso modo de
sobrevivência, para outro mais inteligente? Precisamos resolver os problemas da
distribuição de recursos para toda a humanidade e isto não parece ser algo tão
distante, pois atingimos um nível tecnológico que nos permite realizar esta
mudança! A questão é: será estamos nos preparando para isso?
Novas perspectivas
Pela
primeira vez na existência humana, o pensamento esteja tão próximo da sua
materialização simultânea, devido às tecnologias que potencializam nosso poder
criativo. Assim, aquilo que trazemos conosco para este mundo pode ser
externalizado muito mais rápido, com muito mais facilidade e liberdade. Diga-se
de passagem, ninguém nasce sem um propósito!
Neste
novo mundo da criação, a arte, a produção de conhecimento, a ressignificação de
conceitos, a exploração e o compartilhamento de vivências é a nova produção
humana em alta. Se por um lado, o arcaico sistema de sobrevivência ainda cerceie
esta criatividade com seu cinismo característico, o mundo novo aflora no
pensamento humano, com maiores possibilidades ou o potencial de
abundância, apesar da persistência do sistema antigo.
Criar
valores e incrementar conceitos ou fomentar novas perspectivas é uma oportunidade
que viabiliza a substituição daquilo que não funciona mais, aquilo que já se
esgotou em sua função ou contribuição. Mas, não esqueçamos de agradecer este
novo mundo, que é o legado de muitas gerações que, apesar das dificuldades,
puderam dedicar seu esforço com a esperança de um futuro melhor, mesmo que muitas
pessoas daquele tempo soubessem que nem estariam mais aqui para ver os resultados.
Evolução humana
Era
para ter sido assim, pois a evolução humana verdadeira é conquistada após um
período de intensa dedicação e de abnegação voluntária, em especial, em um
projeto de longo prazo. Foram as gerações anteriores à nossa que nos livrou de grandes
provações para sobrevivermos e prosseguirmos a jornada.
Portanto,
não são os pessimistas, nem os descompromissados com o mundo que nos trouxe ao
momento presente de esperança e de abundância. Por isso, cada geração humana
passa por momentos especiais de sacrifícios e aprendizagem e, assim, percebemos
claramente que o processo que vivenciamos coletivamente é, na verdade, a grande
experiência da evolução, acima de qualquer sofrimento vivido.
Ao
reciclarmos nossos espíritos com nossas lágrimas, estamos lavando a alma e nos
libertando dos egos históricos construídos, para barrarmos as agressões do mundo
da sobrevivência, que ainda se fundamentam na competição, muitas vezes, de forma
insana. Entretanto, a maior justificativa para a nossa resiliência, é que podemos
ver as nossas novas gerações livres de certas limitações e necessidades básicas,
como aquelas que fomos submetidos no passado.
Conclusão
Quantos
vezes já passamos por uma situação em que nada nos alivia até que uma decisão
importante seja definida? Há certas situações na vida que nos forçam a esta
condição e, como muitos de nós já aprendeu, não adianta deixar para depois!
A dor
existencial, que surge da negação de nossa dimensão metafísica por um sistema
de escassez em colapso, impulsiona a humanidade a um ponto de não retorno.
Graças ao legado de sacrifício das gerações passadas e ao potencial tecnológico
atual, temos a liberdade de concretizar o nosso poder criativo e inaugurar um
novo ciclo. A evolução exige uma decisão imediata: o momento de transformar a
escuridão em caminhos de luz não pode ser adiado.
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