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CULPA E PERDÃO: Existe algo divino trabalhando em nós

 

Mãos fazendo um curativo em um coração


Culpa e perdão são lições de desapego

 

A culpa é um tipo de apego

Muitas vezes recusamos a nos desapegar da culpa por algo que danificamos, que causou prejuízos, que causou dor e ressentimentos. A maior parte de nossas culpas se deve ao que falamos e não ao que ouvimos. Neste sentido, temos dificuldades para esquecer os erros alheios e, também, nos culpabilizamos muito facilmente, nos impedindo de alcançar o significado do perdão!

Não podemos negar que existem sentimentos arraigados em nossos corações que permanecem guardados, por nossa própria escolha. Por exemplo, é assim com os nossos arrependimentos, com nossos erros, com nossos conflitos interpessoais, com nossas contradições. Mas até que ponto o perdão nos liberta para seguirmos em frente?

 

Perdão é uma escolha pessoal

Não podemos neutralizar nossas mentes, em meio à nossa condição existencial envolvendo passado, presente e futuro. Mas, não podemos nos esquecer que sempre haverá um fator intrínseco a cada indivíduo, que é a capacidade de escolha diante de nossas opções e oportunidades.

Num primeiro momento, é fundamental nos lembrarmos de nossa falibilidade natural como seres humanos. Por meio de uma reflexão, podemos ter uma consciência do que estamos vivendo. Esquecemos que estamos inconscientemente ligados a um Grande Plano Divino, o qual, não nos cabe saber sua totalidade.

Para nos lembrarmos de nossa própria humanidade, existe aquela frase citada pelo Grande Mestre que passou por este mundo um dia: “quem nunca pecou que jogue a primeira pedra!”, que nos faz lembrar que estamos sujeitos a erros próprios e alheios e que,  muitas vezes, independem de nossa vontade e que nossos julgamentos quase sempre são falhos, incoerentes e soberbos.

 

O Grande Plano desconhecido por nós

Todos nós estamos conectados a um Grande Plano, conhecido apenas pelo Criador de Tudo. Neste contexto, talvez a melhor interpretação sobre os erros humanos seja aquela que os considera como caminhos para o acerto. Todos nós precisamos nos livrar de falsas crenças, preconceitos e ideais perfeccionistas que nos tornam ainda mais falhos e errantes, para encontrarmos nossos acertos.

A controvérsia e as contrariedades que vivenciamos em vida tem uma grande finalidade que é nos trazer a aprendizagem para o nosso crescimento pessoal.

Reconhecermos nossos erros nos serve para entendermos o Grande Plano por trás de tudo, muito maior do que as pressões externas deste mundo,  cujas exigências nos geram culpas sem sentido por meio de valores da moda, aparências, posses e tantas imposições que nos fazem perder tempo, nos tornando mais apegados e aprisionados a sentimentos sem propósito algum.

 

Perdoar não significa anulação de erros, mas desapego dos mesmos

Não aceitar intimamente nossos próprios erros cometidos por conta de falhas e inabilidades pessoais é uma atitude que nos impede, também, de aceitar as falhas alheias. Esta é uma perspectiva que nos impede de perdoar. Precisamos nos perguntar: Como podemos perdoar alguém, se não sabemos como perdoar a nós mesmos?

A melhor escolha para nos libertarmos da própria culpa é aceitarmos os resultados e as consequências de nossas falhas e, também, não cometermos mais os mesmos erros. Isso é algo que leva tempo e demanda amadurecimento.

O que podemos contar nesta vida é que a cada dia concedido a nós por Deus, quando temos a oportunidades para acertarmos e passarmos para novas etapas. Quando sentimos uma forte pressão para decidir é porque, finalmente, estamos nos movendo para dar o próximo passo. Mas, como retomar o caminho do crescimento pessoal?

Sabemos que boa parte dos erros humanos se devem à vaidade, ao egoísmo, à covardia, ao medo, à passividade, à falta de iniciativa e, infelizmente, à maldade. É por isso que ao observarmos mudanças bruscas de valores da sociedade atual, precisamos parar e atentar sobre quais valores estão sendo enaltecidos e quais estão sendo esquecidos. Quem não conhece exemplos de desonestidades, manipulações, ganâncias e ostentações que se repetem ao longo da história?

 

A busca do equilíbrio pela Fé

Por isso a autoconsciência tem sido colocada como fonte de paz e equilíbrio pelos especialistas em sentimentos e emoções, que nos ensinam que a palavra tem o poder para gerar falsas crenças, falsa sabedoria e, com isso, trazer consequências desagradáveis. Nenhum conhecimento é maior que a sabedoria e esta é a bússola que podemos utilizar para trilhar nossos caminhos.

Nossa maior recompensa por isso é a alegria de podermos vivenciar parte daquele Amor Ágape, cuja existência só pode ser alimentada por nossa própria Fé na Única e Boa Palavra. Não podemos abandonar nossa essência feita pelo Criador de Tudo.

Assim, que vivamos com serenidade em nós mesmos e agradeçamos aos anjos da guarda que nos protegem e nos perdoam, para que também possamos propagar a paz e a esperança a quem pudermos alcançar!

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