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NEUTRALIZANDO JULGAMENTOS: Uma questão de escolha

 

Uma pessoa vendada segurando uma balança

Nosso julgamento tem validade temporária

 

O que julgar ou interpretar?

Para julgar, não é preciso muito esforço, por outro lado, para interpretar são necessárias a temperança, a calma e a imparcialidade. Entretanto, isto exige virtudes que somente encontramos junto à sabedoria. Mas, por que diante de emoções e sentimentos contraditórios, somos levados ao ímpeto de julgar?

No fundo, já conhecemos a resposta! Algo que não podemos mudar ou controlar nos deixa inseguros, mas diante da impossibilidade de mudar alguém, podemos transformar nossa forma de pensar! Portanto, o principal questionamento não seria sobre interpretar e julgar, mas com o quê deveríamos nos importar mais em momentos difíceis diante de perdas pessoais, prejuízos e injustiças sofridas.

Diante de certas situações e atitudes, realmente, é muito difícil trabalhar nossas interpretações sem julgar. Isso é humano.

 

Situações que nos consomem a energia vital

Ao refletirmos bem, nossa primeira reação de interpretar e julgar sempre nos leva a algum estado emocional ou sentimento como a agressividade, ansiedade, impulsividade, radicalismos e descontroles emocionais que nos fazem negligenciar nossa própria segurança e bem-estar.

Às vezes, a vontade de fazer justiça com as próprias mãos nos faz esquecer da conhecida “lei do retorno”, a qual é válida para qualquer pessoa. Por isso, interiormente, sabemos que não precisamos nos preocupar com o destino de outra pessoa, primeiro porque não nos cabe sabê-lo e em segundo, essa lei é inegável e irrevogável. Assim, não se justifica nos desgastarmos por coisas que já estão determinadas pelas leis naturais.

Já existe o velho ditado: “Após toda tempestade, vem a bonança”, assim:

a) Junto à nossa própria dor, vem a sinceridade para acolher quem também está com dor;

b) O sofrimento é algo que nos obriga a sermos fortes;

c) Desastres naturais ou calamidades temporárias, trazem-nos uma consciência sobre nossa própria insuficiência e incapacidade de controlar todas as coisas;

d) Na solidão de nossas jornadas individuais, sempre teremos a companhia do silêncio restaurador e aquela conexão com o Poder Maior que nos rege;

e) Diante do desamor, podemos compreender e praticar melhor o amor verdadeiro.

 

Deixar de julgar e fazer escolhas, é o que importa

Será que podemos duvidar da intenção do Criador de Tudo, sobre nossos destinos? Assim, quando formos tentados a julgar alguém, é bom lembrar que não possuímos um senso de justiça infalível, pois nossas medidas sempre serão diferentes a depender de nossos egos, preferências e crenças. Talvez, a melhor escolha seja cuidarmos de nossa própria consciência e extrairmos lições edificantes para nossas vidas!

Nossa natureza humana, quase sempre contraditória, não nos isenta de também poder causar dores e injustiças, mesmo de forma involuntária e, por isso, precisamos sempre estar atentos diante daquele impulso de culpar outras pessoas, por algo que disseram ou fizeram.

Diante do incorrigível, importa saber o que nós vamos escolher falar e fazer, para o nosso próprio bem, em comunhão com nosso destino!

 



Comentários

Precisamos parar para refletir, diante da dor e da injustiça, sobre o que escolher falar ou fazer, para o nosso próprio bem-estar.

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