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AMIZADE CANINA: Nossos amigos caninos


Meu amigo canino


Resiliência canina

Nossos fiéis cães

Uma das relações mais bonitas que podemos vivenciar neste mundo é aquela entre o homem e os cães! Somente quem já conviveu com um deles, sabe o que é esta relação. É algo capaz de tocar nossa natureza, na essência, e aguçar nossa percepção sobre o significado da afetividade, através das reflexões sobre a pureza canina.

Normalmente, nós os escolhemos, mas também parece que eles nos escolhem!  O que mais impressiona é como os cães se apegam tão rápido a seus donos, desde filhotes. Um mínimo de nossa atenção já é suficiente para virem até nós todos faceiros, abanando o rabo e arfando como se estivessem sorrindo!

Sentimos pertencimento à natureza quando conseguimos nos comunicar com nossos cães, e conversamos com eles como se fossem uma pessoa. O interessante é que talvez eles nos vejam como cães também! Esta correspondência direta, sem necessidade de apresentações, sofre uma série de interpretações relacionadas às nossas próprias carências afetivas!

Talvez, a mais marcante característica de nosso relacionamento com nossos cães seja o laço de fidelidade e confiança mútua, desde que haja respeito às diferenças entre os dois lados. Neste contexto, não estaríamos aqui humanizando-os demais e, por outro lado, nem eles nos “caninizando” também, apenas ressalvando que através desta aceitação mútua natural entre duas espécies animais, também existe uma relação respeitosa entre si.

 

Precisamos deste tipo de amor

Sem dúvida, precisamos de um tipo de amor incondicional como a dos nossos cães. Encontramos neles confiança, carinho, diversão e companheirismo em qualquer momento! Mas, somos muito mais complexos que eles e levamos para esta relação elementos similares aos que usamos com outros seres humanos. A questão é que a reação deles é o mais puro comportamento natural, sem qualquer subjetividade.

Eles não se importam com o que pensamos, mas sim com o que fazemos junto a eles. Eles não emitem opinião, apenas vivem a fluidez da relação mesmo que nós estejamos alterados emocionalmente. Isso não significa que eles não percebam nossas variações de humor, mas seu comportamento é proporcional ao que lhes transmitimos. Aliás, só quem agiu com raiva com um cão, sabe dizer qual é a resposta deles!

Quando estamos tristes, chegam do nosso lado, em silêncio nos olhando sem julgar e deitam-se ao nosso lado nos acompanhando enquanto choramos por nossos dramas. Se fossem como humanos iriam querer dizer algo, mas não, apenas ficam ao nosso lado, o que nos proporciona um momento de calma e serenidade. Muitas pessoas dizem que eles nos compreendem, mas na verdade, sua presença catalisa nosso próprio entendimento e poder reflexivo.

Se pudéssemos ser mais parecidos com os cães, talvez o mundo fosse melhor, no contexto da convivência e da vida coletiva. É isso que podemos entender como amor canino! Amor que interpretado como se fosse igual ao nosso, seria do tipo incondicional, puro, sincero, desinteressado e até debochado, quando no clímax de nossas emoções, alguém desse aquela bocejada irreverente. No caso deles, o que simplesmente sentimos é que eles gostam de nós e nada mais!

 

Interdependência homem/Cão

Nossa natureza não nos permite vivermos isolados sem qualquer tipo de interação afetiva! Assim, pessoas costumam estabelecer fortes relacionamentos com seus cães e podem até preferir se relacionar mais com eles do que com outros seres humanos. De duas uma, ou nos tornamos mais parecidos com eles ou os tornamos mais humanos do que realmente são.

Neste mundo tão atribulado e cheio de tensões psicológicas ambos sofrem com o ritmo da vida. Ambos sentem mais falta e distância entre si por causa do trabalho humano, das exigências do mundo externo que comprometem o tempo livre das pessoas. Assim, podemos cometer descuidos em geral, o que inclui nosso tempo de dedicação aos nossos animais de estimação.

Por isso, é necessária a consciência de que para podermos ter uma relação de cuidado e proteção mútua, o compromisso com o trabalho e com a rotina diária não pode nos impedir de nos dedicarmos a eles, que dependem de nós para tudo. Nossos animais domésticos não são independentes como os animais selvagens e precisam de atenção, independentemente de nossas atribulações.

Eles dependem de nós para alimentação, água, cuidados com sua saúde! Nós dependemos da proteção que eles nos dão, da pronta disponibilidade deles com nossa segurança e percepção do ambiente, de seus avisos quanto a perigos iminentes. São instintivamente mais aguçados que nós, o que complementa nossa própria interação com nosso próprio habitat, quanto estamos juntos.

A conexão deles com a natureza nos ensina a perceber outros seres vivos em nosso ambiente, a perceber as mudanças climáticas, o calor ou o frescor do dia, a perceber a lua cheia junto ao uivo deles, os ciclos entre nascimento, vida e morte. A completude do existir por existir de nossos companheiros caninos nos exemplifica o que é sentir a vida fluir, dia após dia, em um entrosamento equilibrado com os elementos naturais.

Mas, precisamos seguir um preceito importante: quem quer ter um amigo canino precisa ter compromisso em cuidar dele. Não é um objeto de decoração, mas sim um ser vivo lindo e especial, como qualquer outro ser vivo que esteja sob nossa responsabilidade.

 

A perda de um amigo canino

Assim, emocionalmente sentimos a partida de nossos amigos caninos, tal como quando perdemos um ente próximo. Talvez até sintamos mais a falta deles do que de outros seres humanos que conhecemos e, cada vez mais, temos incluído nossos cães e outros pets também em nossos álbuns de família, em nossas conexões online e registros digitais. Cedemos um protagonismo para cães em filmes românticos para alimentar nosso lado humano, que perdemos por termos assumido o papel de máquinas, no atual sistema de sobrevivência.

Por isso, quando um deles se vai, sentimos falta da relação que nos lembrava que somos parte de uma mesma natureza, de um mundo de vida plena e não apenas este mundo criado pela humanidade. Sentimos gratidão pela companhia que acabou, porque nos fazia sentir vivos de verdade, sem precisar de máscaras, disfarces e fingimentos.

A saudade é daquele amigo que nos deixava sermos nós mesmos, na essência. Assim, caberia bem aqui um momento de reflexão, para os momentos em que nos despedirmos de nossos amigos caninos. Eles sempre nos lembrarão o papel que precisamos ter junto à natureza, da relação equilibrada com os demais seres vivos e o lindo sentimento de gratidão que ganhamos com este tipo de relação amorosa, que só Deus poderia ter criado!

 

Uma despedida para um amigo canino

Gratidão imensa amiguinho, por tudo o que fez junto a mim! Mesmo que não falasse, mesmo que não compreendesse meus problemas esteve sempre me esperando chegar em casa. Seu instinto o avisava quando meu carro estava chegando, quando eu virava a esquina. Não esqueço quando você vinha correndo para o portão, dando aquela recepção calorosa, abanando-se todo de alegria.

Jamais esquecerei, quando a meus pés, mordia o cadarço de meu sapato, me chamando para brincar um pouquinho, depois de passar um dia inteiro sem me ver. Aquele olhar pedindo um petisco ou um simples carinho. Sua presença sempre me fazia lembrar que eu era capaz de amar! Mas que fique aqui como registro, que todos os seus amiguinhos pet que viveram comigo e minha família por anos, também me deixaram lembranças muito ternas! Obrigado meu amiguinho, vou sentir muita saudade de você!

 

Conclusão

Em suma, a amizade canina transcende o companheirismo, estabelecendo um vínculo de interdependência que é vital tanto para a proteção e percepção do ambiente humano quanto para a sobrevivência e saúde dos cães. Através do seu comportamento natural, sem subjetividade, e de sua presença silenciosa, os cães nos oferecem um amor que é incondicional e puro, catalisando o nosso próprio entendimento e poder reflexivo. Esta relação especial é, portanto, uma lembrança constante do papel que precisamos ter junto à natureza e do compromisso de cuidado, mostrando-nos o caminho para uma vida mais plena, sem a necessidade de máscaras, disfarces e fingimentos. Aprender e apreciar este significado é uma experiência fundamental, pois é nela que sentimos a vida fluir e recordamos que somos parte de uma mesma natureza.


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