A unidade de nossa condição humana
Nossa condição humana
Qual
lei natural nos impõe a necessidade de compreendermos o mais rápido possível
uma clareza sobre o conceito de unidade entre os seres humanos? Embora seja
óbvio, quase sempre nos esquecemos dela, em nossas jornadas diárias. A lei é o
limite do nosso tempo
terreno para entendermos nosso propósito nesta vida! Isto nos leva à
necessidade de refletirmos e assumirmos a responsabilidade sobre nosso papel
individual na conscientização coletiva sobre nossa própria evolução como
espécie.
A
individualidade que não se expressa ao longo da vida pode significar a anulação
de nossa contribuição pessoal, em todos os níveis da existência. Entretanto, sua
maior propriedade é estar relacionada a um Coração Universal, capaz de criar
interações entre as pessoas dentro do grande universo existencial. É deste
coração que surge a força criadora, que nos faz realizar algo para além de
nossos interesses próprios, que pode construir uma consciência sobre nosso efetivo
pertencimento humano, em interação com a criação de Deus.
A
Individualidade de cada um de nós está centrada nesta atribuição, porém, em
diferentes níveis de entendimento! A questão é que aquele que intenciona apenas
o crescimento individual, colide com crescimento existencial como parte de um
todo que relaciona todos nós ao próprio Universo. Talvez, muitos de nós venha até
este mundo, especialmente, para aprender sobre a verdadeiro sentido da unidade
humana, a partir de nossa individualidade.
A evolução de uma grande consciência
Talvez,
a consciência sobre
os significados da existência humana leve milênios para se aperfeiçoar. Precisamos
nos distanciar de nossos egos e nos aproximar mais de nossa essência humana, a
qual conecta todos nós a uma força universal única, que nos permite
integrar nossa consciência a um nível existencial mais elevado. Talvez,
a evolução espiritual dos diferentes povos esteja relacionada ao grau de
entendimento sobre o papel humano neste mundo e sua relação existencial com o
Grande Plano, do Universo criado por Deus.
Embora
a humanidade relute em admitir, sempre será uma criança surpreendida pela
inexplicável beleza e mistério da vida. Este é, exatamente, o maior presente que
recebemos do Criador de todas as coisas. Nascemos para descobrir, para aprender
e para encontrar ou reencontrar a nossa essência, tão especial, que faz de nós
seres conscientes de nossa existência neste Universo.
Uma
humanidade com consciência elevada poderia ser interpretada, neste contexto,
como aquela capaz de promover mudanças em prol do equilíbrio natural, assumindo
a função que nos foi dada pelo Criador, assim como a função dada a cada elemento
do Universo.
A eterna busca pelo equilíbrio
Não é
possível enxergar o equilíbrio naquilo que provoca o desequilíbrio. As
caixinhas do conhecimento humano não são suficientes para explicar o Grande
Plano ao qual estamos conectados nesta vida. Mas isto é, provavelmente, o que
justifica nossa busca contínua pela aprendizagem e aperfeiçoamento de nossos
pensamentos. Mas, como poderíamos contribuir para a elevação da consciência da
humanidade com nossas individualidades?
O
desconhecimento sobre o Grande Plano, não é a causa do desequilíbrio, mas a
força motriz que ainda precisamos entender. O mal que a prepotência humana causa a todos nós mesmos
é um impedimento que nos limita o acesso à Sabedoria do Criador de todas as
coisas. Desta prepotência nasce a arrogância, a vaidade e a ganância humana.
Assim,
enquanto atentarmos contra a Sabedoria da Vida, estaremos mantendo o
desequilíbrio causado por nossas próprias falhas humanas. Por isto, ao invés de
simplesmente repetir e alimentar modelos de pensamento humano, como se fossem a
verdade da vida, podemos abrir nossa consciência para algo que nos traga maior equilíbrio
e sentido existencial.
Lágrimas e oração
A insensibilidade
àquilo que nosso coração mais anseia está por detrás das grandes mazelas deste mundo!
Nascemos com um coração aberto para a aprendizagem e para a experimentação da
vida, mas isto depende de nossa consciência para promover ações e a busca da
aprendizagem significativa, neste sentido. Por que então cedemos aos excessos da
posse e do poder terrenos, negando de forma explícita aquilo que é o melhor de
nós mesmos como seres existentes? Por que seguimos doutrinas humanas e negamos
os ensinamentos da Sabedoria, já concedida? Em troca de quê? Para quê? Será que
nascemos para intimidar ou sermos intimidados por outros seres humanos? Qual o
significado de uma vida tão medíocre assim?
Mesmo
sem ter uma formação acadêmica, mesmo desconectados dos saberes formais, somos
capazes de aprender sobre a vida. A prova disso é a existência de grandes seres
humanos, muitos desprovidos de pensamentos sofisticados e pomposos, mas que deixaram
seu legado para manter o equilíbrio natural das coisas, pois souberam respeitar
aquilo que vinha de seus corações. Suas lágrimas e orações, em completo silêncio,
jamais apareceram nas telas digitais, porém moveram a consciência de muitas
pessoas para um nível mais elevado de existência, pela Sabedoria da Vida.
Não é
preciso fazer marketing de nossas lágrimas e orações, para contribuirmos para o
equilíbrio universal e para a elevação da consciência humana.
Uma reflexão sem fim
Por qual
motivo a Sabedoria da Vida não poder ser acessada sem a vivência?
Talvez,
seja o momento de despertar para o conhecimento que supera todos os
conhecimentos humanos já produzidos, que é a sabedoria. Não podemos negar aquilo
que nossos corações anseiam, nem menosprezar nosso senso natural de equilíbrio,
o qual nos é dado de presente pela conexão natural com o Grande Plano do
Criador de todas as coisas.
Sermos nós mesmos é a jornada solitária do autoconhecimento, que nos serve para identificarmos nossa necessidade de crescimento individual e coletivo, sobre nossa origem extraordinária! Já nascemos sintonizados com o Grande Plano e com o Grande Amor do Criador por todos nós, mas talvez a construção do conhecimento humano devesse servir melhor a este propósito, para todos nós, como eternos estudantes da vida, em diferentes níveis de aprendizagem.
Todos nós reconhecemos a
grandeza de todos os elementos naturais que nunca param de exercer sua
função, determinada pelo seu Criador. Respeitar o equilíbrio de todas as coisas
só é possível quando compreendemos este equilíbrio. É nossa essência que deve
dar o tom de nossa evolução, como parte integrante do Universo e com um sentido
claro para a unidade da consciência humana. Nunca alguém verá o sol fazendo
propaganda de si mesmo, nem as estrelas, nem outros seres vivos da terra, mas
juntos realizam sua função no Universo da Vida.
Conclusão
A
nossa capacidade de pensar e refletir sobre a vida é um caminho de evolução. Podemos
nos entregar a modelos de pensamento prontos ou mesmo impostos, mas isto seria
uma grande ingratidão pelo presente que recebemos de Deus. Somos equipados com
um coração para conduzir e expressar uma consciência superior de existência e
isto pode ser feito vivendo a vida com a mente aberta para a aprendizagem. A Sabedoria
da Vida pode ser percebida individualmente, mas é a chave para a unificação de
uma consciência maior sobre o papel da humanidade, como um todo neste mundo.
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