Destinos conectados
Nossa integração com a natureza
Às
vezes nos esquecemos de observar a natureza, ao vivo e a cores. Por exemplo: as estações climáticas
estão mudando, os seres vivos estão reagindo naturalmente a elas, novas flores
estão se abrindo enquanto outras estão se formando e até o céu estrelado muda
conforme o tempo passa. O ar que respiramos se purifica com cada chuva, nossos
organismos reagem à temperatura ambiente e assim nos harmonizamos com toda a
vida existente.
Nossa
conexão com cada estação do ano nos traz memórias de emoções vividas, sensações
e lições aprendidas que podem retroalimentar nosso entendimento atual das
coisas, pois cada dia é uma página cheia de novas oportunidades de
aprendizagem. Neste contexto, estar vivo é fazer parte do Universo! Entretanto,
neste mundo moderno, acabamos nos esquecendo de nossa própria conexão com a
natureza, a qual é uma das maiores fontes para nossa conexão com o próprio Criador de
todas as coisas.
O mundo virtual nos conecta ou desconecta?
Mais
do que nunca, hoje podemos nos conectar virtualmente a qualquer lugar e a
qualquer pessoa no mundo. Entretanto, uma conexão sem fronteiras e ilimitada
não nos permite captar a essência de cada pessoa, comparando com um encontro
real. Aliás, controlar e escolher somente quem queremos, foge um pouco da
naturalidade da vida real, a qual está estruturada pelo acaso e pela ação do
destino, não programados.
Nosso
crescimento natural é forjado por encontros e desencontros involuntários, ao longo de nossas
jornadas. De fato, jamais vamos compreender por completo o Grande Plano que
liga a todos nós, como parte da Criação de Deus. A lei do acaso é uma percepção
humana de eventos imprevisíveis, pois é comum nos depararmos com surpresas nesta vida. São os imprevistos que muitas vezes no dão plena consciência de uma
energia contida em nosso destino.
Existem
forças naturais que nos conduzem a situações, emoções e energias de todas as
naturezas. Sem este movimento, nossas interações e contribuições se tornam
vazias, pois sem um lastro de vivência concreta, perdemos a autoralidade sobre
aquilo que estamos compartilhando.
Esta
desconexão tem trazido uma insensibilidade sobre o valor de nosso tempo e um
sequestro de jovens e adultos por pensamentos intrusivos, que retrata uma
preocupante desconexão das pessoas com sua própria essência. Precisamos refletir
sobre isso com mais cuidado.
Quando percebemos a ligação entre todos nós
Ao
admitirmos a existência de um Grande Plano, estamos aceitando que vivenciamos
muitas experiências em nossas jornadas, as quais não dependem de uma explicação, mas
simplesmente de nosso melhor aproveitamento possível das lições contidas nos
eventos que o destino nos traz.
No
fundo existe uma motivação que explica uma Intencionalidade Maior e todo evento
que advém até nós, na verdade está longe da casualidade, pois tudo é uma
permissão do Criador de todas as coisas. Ao considerarmos nossos encontros e
desencontros como cruzamentos necessários entre os fios que formam o grande
tecido, encontramos uma ligação entre pessoas destinadas por um único propósito.
Nossa conexão com o destino
Precisamos
nos atentar para nossa capacidade natural de conexão com os agentes de
transformação e isto inclui interagir com pessoas e experimentar diferentes níveis
de aprendizagem. Nesta reflexão, nosso destino é algo que nos coloca diante de
um propósito, que faz mais sentido para nossas existências, no curto espaço de tempo
concedido nesta vida.
Existem
pessoas que não conseguem aceitar aquilo que lhes foge ao controle, mas o
controle de fatores externos importa menos do que aquilo que controlamos em nós
mesmos. Por isso, quando estivermos diante de um evento ou fenômeno, podemos
escolher nos fecharmos ou nos abrirmos para novas conexões e experiências que
ampliem nossa visão de realidade e de vida. Será que não é para isto que
nascemos neste mundo?
Encontros e desencontros
Uma
única pessoa, um único encontro na vida, um único momento combinado por seus
destinos podem ser uma virada de chave para uma aprendizagem significativa. Boa
parte de nossos encontros e desencontros fazem parte de algo já planejado por Deus,
através dos quais podemos descobrir pérolas de conhecimento e sabedoria.
Normalmente,
as lições de nossos encontros e desencontros, que ficam guardadas em nossos
íntimos, são tão especiais para cada um de nós que tem o potencial de fazerem parte de nosso maior legado de vida.
Quem
não guarda lições aprendidas de pessoas e entes especiais que conosco
conviveram? Quantos gestos, sinais e palavras não foram expressos de forma tão
apropriada para nossos anseios, nossas angústias e nossa paz interior, ao longo
de nossas jornadas individuais? Será que nosso verdadeiro sentimento de
gratidão não nasceu em algum desses encontros em nossas vidas? Esta é uma
questão que merece ser refletida com mais carinho!
Conclusão
Quando
nos percebemos como parte integrada e integrante do Grande Plano de Deus,
abrimos nossas mentes para as oportunidades de aprender sobre a gratidão pela
Vida. Aceitar aquilo que não podemos controlar e, acima de tudo, aprender o
significado e a importância de nossas conexões e de nossos encontros e
desencontros da vida, é uma perspectiva diferente para encarar positivamente as
surpresas e os mistérios do Grande Tecido da vida.
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