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Uma reflexão sobre nossa aprendizagem significativa
Nossa materialidade não diz tudo o que somos
Às
vezes nos esquecemos de que nosso próprio corpo físico é nossa primeira e última
morada. Que mesmo sendo seres imateriais, ou seja, que podemos transcender o
tempo e o espaço, por meio dos pensamentos, somos materialmente de carne e osso.
Esta condição é a base de nossa dependência da Provisão Divina, nossa
materialidade física é a matéria prima com a qual o destino nos molda e nos
guia como seres viventes neste mundo, junto a todas a outras manifestações de
vida.
Portanto,
somos agraciados por diferenças físicas e uma característica única que é a nossa
identidade material, algo que jamais poderemos construir igual. Nosso autoconhecimento sobre quem
somos só é possível porque fomos equipados com nossa genética e nossa
interface física para interagir com o mundo terreno e isto, com certeza, não é
pouca coisa. Conhecer nossas capacidades de atuar e interagir com o mundo e
com as pessoas, vai além da simples existência material mas, também, de nosso próprio
mover espiritual e de nossa vontade , com a consciência de que somos almas viventes.
Nossa existência
A percepção
de nosso ser, que habita em nosso próprio corpo, é um processo de aprendizagem.
Acomodamos em nossas mentes códigos, cultura, sentimentos e isto nos molda uma
visão própria da vida, de modo muito individual. Neste contexto, talvez uma das coisas
mais importantes a aprender seja a convivência com outras pessoas na presença
do amor e sem o amor. Assim, aprendemos racionalmente sobre as questões da
sobrevivência, mas através do amor, aprendemos sobre as questões da vida.
O Amor
não tem origem humana pois é algo divino. A racionalidade, muitas vezes, se
sobrepõe às questões da vida verdadeira de Deus, algo aceito como necessidade e forma
de crescimento neste mundo. Um mundo de disputas, de vaidades, de poderes
terrenos que cooptam as pessoas a acreditarem que podem ser superiores ao
próximo, ofendendo leis naturais que estão organizadas por um poder muito
superior a qualquer outro que possa existir neste mundo.
Para que servem nossas limitações
Como
podemos entender as nossas próprias limitações? Talvez, para aprendermos a dar
valor às coisas significativas. Quando alguém ensina outra pessoa a fazer algo, isto é uma relação que pode ser benéfica ou maléfica, mas a questão é que nossa
existência passa a ter sempre mais significado, quando escolhemos deixar um
legado benéfico de ensinamentos.
Quem
pode negar que Alguém muito poderoso já passou por este mundo e deixou os
maiores ensinamentos sobre o amor? Não há ninguém ou máquina que consiga
reproduzir a sabedoria e a mensagem que nos foi dada, sobre o que é benéfico
para nossa convivência humana. Nossa condição de imperfeição é a razão de termos
tido a oportunidade de nos relacionarmos com este Alguém tão poderoso. Neste contexto, foi a manifestação do desamor humano que possibilitou o ensinamento que nos foi materializado, pela palavra do Grande Mestre
de todos os tempos.
Conhecimento sem amor é fútil
Porque
buscamos tão longe certas aprendizagens e não observamos o que está a nossa frente,
como fonte de amor? Não existe materialização do amor com coisas dadas, coisas
feitas e compradas, mas sim, com a interação entre seres humanos. Podemos ir
para qualquer lugar deste mundo, até para a lua ou marte, mas se for para
encontrar o amor, basta interagirmos com alguém ao nosso lado.
Quantos
pensam que para sentir o amor, é preciso ter milhões de seguidores nos meios de
comunicação e plataformas sociais? Quantificar o amor é algo impossível e
muitos tentam fazê-lo porque ainda não experimentaram ou deram significado e valor
para as demonstrações de amor que tiveram.
Nos
dias de hoje, falar de amor é algo cheio de ideias intrusivas que tentam
confundir nossas percepções, pois o mundo se preocupa com o que "precisamos" amar, para rodar interesses, nem sempre benéficos. Isto, repetindo a base desta
reflexão, é algo natural neste mundo feito pelos homens, que é intrinsecamente
imperfeito. No Grande Plano do Criador de todas as coisas, nossa imperfeição é
o motivo de nossa relação de amor Dele para conosco.
Aprendizagem e gratidão
Quando
entramos em sintonia com o Grande Plano, encontramos conhecimentos que se
sobrepõem a qualquer conhecimento humano. São conhecimentos acessíveis a
qualquer pessoa, cuja fonte não nos pertence. Entretanto, precisamos aprender e ensinar
aqueles que ainda não descobriram formas de acessar estes conhecimentos e tomar
partido para eliminar a falta de conhecimento daqueles que confundem aprendizagem
significativa com conhecimentos fúteis.
Nem
todo conhecimento e informação é benéfico e, melhor do que ensinar teorias, podemos
ensinar o pensamento crítico, não para as relações mundanas de interesses, mas
para a percepção da Vida que nos foi dada e que não podemos deixar de lado. O
amor é o primeiro ensinamento de todos e não foi nenhum de nós que o criou. O
amor simplesmente é e será a base da aprendizagem significativa, pela qual
devemos ser gratos em nossas jornadas.
Conclusão
Se há
conhecimentos utilitaristas e técnicos-científicos aliados a métodos que nos
desenvolvem talentos, habilidades e competências, conforme o direcionamento dos
interesses educativos de uma sociedade ou de um País, qualquer que seja o
objetivo, nada frutificará se o desamor não for convertido em amor, pois esta é
a base de nossa existência transcendente e conectada com o Grande Plano de Deus.
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