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INTELIGÊNCIA EM TRANSIÇÃO: O constante despertar da inteligência

 

Vida e Inteligência

Vida e inteligência

 

Inteligência e consciência

Nossa inteligência se reflete naquilo que fazemos, de forma consciente! Mas, para que serve nossa inteligência? Será que aprendizagem só serve para o que queremos e precisamos? Quando adquirimos consciência sobre nossa aprendizagem individual? Como adquirirmos experiências significativas?

Ao longo de nossas jornadas, nossas aprendizagens são fortemente marcadas quando envolvem motivação e emoção. Nossa inteligência é estimulada quando há sentido e significado para nós, naquilo que aprendemos e em tudo o que atende nossas necessidades para avançar, superar e evoluir.

Mas, precisamos refletir sobre nossa inteligência em uma profundidade maior. Nós também manifestamos nossa inteligência quando conseguimos nos conectar em níveis superiores de percepção e entendimento, junto ao nosso próximo! Esta manifestação se dá quando vivenciamos fatos e experiências que nos levam ao autoconhecimento e quando despertamos para um significado maior de nossa existência.

Precisamos ter mais consciência sobre nossa própria evolução, em sintonia com nossa essência. Viver com inteligência parte de um princípio que precisamos optar pelo autorrespeito verdadeiro, como uma base fundamental para iniciarmos nossa evolução.

 

Provocações à nossa inteligência

O mundo nos vende ilusões até mesmo sobre a inteligência das pessoas, criando caricaturas que associam formas de inteligência como nossos talentos, por exemplo, ao sucesso mundano. Porém, esta imagem de “ser inteligente” que é vendida para estimular o consumo e o acúmulo de adereços das pessoas “talentosas”, merece uma análise mais crítica!

É preciso ressaltar que a atenção dada ao estado de sucesso mundano, como vitrine, em si é vazia. Podemos nos desgastar intelectualmente para qualquer coisa, mas o ponto a discutir aqui é: a inteligência humana não deveria nos levar a um nível coletivo de inteligência, para vivermos em paz e em harmonia junto aos elementos da natureza e do Universo, ao invés de nos confinar em superficialidades? Não é para isto o que viemos a este mundo?

Neste sentido, podemos inferir a origem da ansiedade e do estresse pela falta de paz e pelo baixo nível de energia de todas as baixezas das sociedades baseadas na exploração do homem pelo homem, que perpetuam a proliferação de injustiças e da corrupção estrutural que desrespeita as pessoas, de forma sistemática, em prol de poderes terrenos.

Ao direcionarmos nossa inteligência para aquilo que foi feita, de fato, podemos nos enxergar melhor como seres em constante construção. É pela inteligência que somos capazes de ter autoconhecimento e desenvolver uma consciência de quem somos, ou seja, seres conectados ao Criador do Universo, a mais elevada forma de Inteligência. Mas, na atualidade, talvez não estejamos atentos a isto!

Para manifestar essa inteligência elevada e nos reconectarmos ao Criador, precisamos entender o papel de nossas jornadas neste mundo. Este papel de nossas jornadas se manifesta, principalmente, através da oportunidade de compartilharmos nossas vivências.

 

Jornada solitária e compartilhamentos

Algo proporcionado pelo Criador de todas as coisas é a oportunidade de compartilhamos nossas vivências, num processo interpessoal de troca, onde a jornada individual de cada um acrescenta um valor inestimável, por meio da cooperação mútua. Esta perspectiva é contrária à visão moderna que confunde evolução pessoal como uma pura construção de egos, baseada em aparências, sem conexões humanas concretas.

Para isso somos inteligentes! Somos capazes de encontrar nossos caminhos individuais, enquanto todos caminhamos rumo a um infinito horizonte, pelo compartilhamento de experiências, onde a sabedoria está diluída entre cada um de nós. Para acessá-la precisamos da convivência e do compartilhamento humano, que nos desenvolva a empatia e a compaixão, como caminhos de evolução verdadeira.

Apesar de o compartilhamento nos encaminhar à evolução verdadeira, essa perspectiva ainda é insuficiente se não estiver ligada a um propósito maior. Precisamos chamar a atenção para nossa evolução com um significado transcendente, pois se a evolução individual ou mesmo a coletiva acabasse em si mesma, que sentido teriam nossas interações com o mundo externo?

 

A inteligência se forja na adversidade

Ninguém pode caminhar por nós! Contudo, ninguém consegue chegar a lugar algum sem a ajuda de outras pessoas, em especial, aquelas que nos auxiliam a encontrar nossos próprios caminhos. Para isto, existe o imprevisível e o incontrolável nesta vida, algo que nos obriga a recorrer à sabedoria, que nos possibilita um verdadeiro encontro com nós mesmos!

Quando nossos jovens iniciam suas caminhadas individuais, servem-se de exemplos e orientações daqueles mais experientes. Se admitirmos que existe um Grande Plano, criado por Deus, que conecta nossos propósitos aos nossos talentos, precisamos transmitir isso às novas gerações!

Será preciso lembrar às pessoas que somos dotados para viver um processo evolutivo consciente? Precisamos nos provocar mais para pensar nisso! Precisamos entender quem somos e como podemos ser melhores. Aliás, é para isto que precisamos usar nossa inteligência.

Neste contexto, a sabedoria se encontra nos momentos de enfrentamento das dificuldades e das adversidades. O sucesso não está relacionado ao que este mundo vende para todos nós, mas sim na força gerada por nossa capacidade de lidar com o desconhecido, com os desconfortos que os desafios da vida nos impõem, sejam naturais ou relacionados às nossas jornadas pessoais.

 

Questionamentos finais

Talvez, esta reflexão não tenha uma conclusão, mas sirva para reforçar a ideia de que nossos talentos nada servem se não forem usados para servir às pessoas. Será que esta reflexão pode nos trazer uma luz sobre a relação entre vida e inteligência? Será que podemos encontrar uma ponte entre nossas jornadas solitárias com nossos talentos e propósitos?

Deixo aqui alguns pontos para refletir mais, com a intenção de questionar o quanto nossa evolução – mental e existencial, pode resultar de uma construção inteligente. A vida coloca todos nós em pé de igualdade em várias situações, que nos exige cooperação, compaixão e empatia, mesmo que isso não esteja em nossos planos mais imediatos.

Para que serviriam as catástrofes, doenças, acidentes da vida, perdas e conflitos se não servissem como ferramentas para nossa evolução coletiva?

Não seriam a solidão, a dúvida e as instabilidades emocionais nossas oportunidades para o aprimoramento de nossa inteligência?

Qual o maior sentido que podemos encontrar para compartilharmos nossas vivências e experiências, em meio a este mundo, que em si, parece estar perdido?

Por acaso, não está na hora de aceitarmos este momento da humanidade como uma etapa de transição de nossas inteligências?


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