Qual o Significado das Palavras não Ditas?
Em nosso afastamento, o silêncio fala conosco
Há momentos
dolorosos de nossas caminhadas em que o melhor a fazer é nos afastarmos dos
meios sociais, dos lugares onde se concentram pessoas comuns de nosso círculo
de amizades e de trabalho. Dar um tempo a si mesmo é um ato de amor e ao mesmo
tempo um ato de coragem.
Nas adversidades,
nos lembramos da existência de Deus e recebemos, prontamente, aquilo que
necessitamos. Especialmente nos momentos de solidão, é quando nos comunicamos
com Ele e é justamente quando estamos mais sensíveis emocionalmente que
sentimos as mãos Dele, trabalhando em nossas vidas.
Quando nosso corpo sofre com a doença, também ficamos mais abertos para conversarmos com Deus, em meio ao silêncio de nossos momentos sem falas e sem interferências alheias. Podemos aproveitar esses momentos, também, para nos livrar de pensamentos antagônicos e negativos pois, desta forma, a nossa caminhada fica mais leve e menos complicada do que parece ser.
O silêncio e sua força transformadora
O silêncio
expressa melhor a sabedoria do que as palavras e nos faz enxergar melhor os
verdadeiros valores de uma pessoa. O silêncio preserva a fragilidade de uma
personalidade e a conecta com seus valores e caráter autênticos, trazendo
respostas e significados às perguntas que nunca foram formuladas.
O silêncio é democrático no respeito profundo às convicções individuais e, ao mesmo tempo, revela a verdade comum à coletividade, sem máculas. A linguagem do silêncio é capaz de chamar e pedir aquilo que queremos e necessitamos, no fundo de nosso coração. O silêncio perdoa pelo consentimento da corresponsabilidade frente a um fracasso, apontando as melhores saídas e, ao mesmo tempo, instaura a paz e prolonga o tempo para nossa meditação e para a imaginação criativa.
Encontrando nosso próprio ritmo
É importante nos
desvincularmos de nossas rotinas, por meio destes momentos reservados de silêncio
e de reflexão, para nos livrarmos de comparações, de rótulos sociais,
das máscaras psicológicas e nos dar a liberdade de sermos nós mesmos, em
conexão com Deus. É assim que reencontramos nosso próprio ritmo, nosso
próprio jeito de ver, sentir, absorver, compor, aprender, aplicar, construir e
realizar.
Nada pode ser tão
brutal do que forçar uma pessoa a andar fora de seu ritmo. Contudo, cada um de
nós precisa dar os próprios passos, rumo à sabedoria e à própria felicidade
e bem estar!
Tenhamos sempre em mente bons pensamentos e espírito dócil, mesmo na escuridão, mesmo com medo. Muitas vezes, é preciso ter mais coragem para enfrentar o silêncio do que uma multidão barulhenta. Talvez esteja aí a maior prova da força do silêncio.
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