Reflexões de um pai
O início de nossas caminhadas é uma autodescoberta
Nesta
vida é até possível prever o que poderá acontecer no próximo minuto, com uma
certa probabilidade. Mas nem todo conhecimento nos permite prever como
reagiremos a um acontecimento ou como iremos atuar ou decidir, mesmo que achemos
estarmos preparados. Assim é quando nossos jovens partem para o mundo.
É
mais comum que quase nada aconteça conforme nossas previsões ou até mesmo
conforme nossos desejos sobre um evento qualquer, especialmente, quando nos
expomos de verdade ao mundo externo e a outras pessoas.
Assim, o caminho de cada um em suas jornadas pessoais depende da sabedoria, da
orientação, do autoconhecimento e da Fé, pois há muito tempo sabemos que existe
um “caminho das pedras” a enfrentar.
É preciso coragem para sair para o mundo
Temos
que lembrar que apenas parte de nosso “ser” é conhecido por nós mesmos e ninguém
consegue adivinhar nossos pensamentos, exceto nosso Criador que em tudo nos
conhece.
O
mais certo é que sempre encontraremos o incerto! Por isso, as pessoas preferem
viver em bolhas, onde o imprevisível pode ser atenuado por uma vida artificial e onde se neutralizam as incertezas, transformando a vida em uma rotina
previsível.
Mas,
mesmo colocando expectativas à frente do que é verdadeiro, de repente, somos
surpreendidos por eventos inesperados e isso normalmente acontece quando
precisamos sair de nossa bolha para encontrar um lugar novo, muitas vezes, para
fugir das conveniências e comodismos previsíveis.
Por
isso é preciso coragem, pois é mais fácil acreditar que a bolha é mais segura, uma vez que lá fora nos depararemos com a maledicência, a descrença, a desconfiança e a
falta de cooperação para onde formos. Afinal, não é isso que se aprende dentro
de qualquer bolha?
Sempre teremos um encontro marcado com nós mesmos
A
grata surpresa para quem sai para o mundo, é que sempre encontraremos pessoas
boas, sinceras, e bem-intencionadas, até mesmo, amizades verdadeiras que Deus espalha
pelo mundo afora.
A
experiência e a vivência nos ensinam que sem ajuda, orientação, apoio e
parceria nesta vida, não chegaríamos aonde estamos, tampouco conseguiríamos
sobreviver neste mundo atual, excessivamente voltado para o individualismo.
Seis motivos para ter coragem para sair para o mundo
Se
não podemos viver em um contexto estável e previsível, pois isto é algo temerário,
também não podemos deixar de ensinar às novas gerações como enfrentarem o que está
acontecendo no mundo afora.
Muitas
vezes, adotamos o conforto e a estabilidade ilusória apenas para evitar nossa
auto exposição ou proteger nossa juventude para evitar mais frustrações. Nesta
reflexão, podemos entender alguns motivos para abrir o caminho à frente, rumo a um verdadeiro destino:
a) Seja para onde formos, carregamos nosso eu sempre;
b) Quando percebemos que os
problemas de um lugar são idênticos aos de outros lugares, na verdade é porque
carregamos uma perspectiva engessada, que precisamos mudar;
c) Ao pensarmos que um livro muda de
significado ao longo do tempo, em verdade, é nossa vivência e aprendizagem que
mudam nossa interpretação do livro;
d) Se pensarmos que todas as pessoas
são iguais em situações parecidas, na realidade é nosso julgamento prévio,
quase sempre enganoso, que nos leva a crer que as pessoas jamais mudam;
e) Não precisamos dar a volta ao
mundo para encontrar uma realidade melhor, se soubermos mudar nossa forma de
enxergar fatos, acontecimentos e a própria vida;
f) Não podemos negar a mutabilidade
das coisas e das pessoas. Isto independe de nossa vontade. Ao irmos a um lugar
e voltar, sempre encontraremos novas realidades.
Finalmente, para onde iremos?
Mais
do que escolher para onde, o mais importante é saber o que iremos levar em
nossa bagagem. O que precisamos levar?
Talvez,
a melhor coisa seja levar a crença de que ao nos mudarmos de lugar, estaremos
dando uma nova chance para nossa própria mudança interna, para o melhor,
sempre! Assim somos e para isso fomos projetados por Deus, para vivermos o
melhor deste mundo!
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