Bom senso com simplicidade
Dez segundos antes de dar uma opinião
Quantas
vezes nossa língua é mais rápida que nossos ouvidos e olhos? Quem jamais expressou
pensamentos, sem de fato pensar? Quem nunca precisou fazer uma contagem mental
para segurar as emoções ou sentimentos para evitar conflitos?
Chamar
a atenção de alguém ou buscar aceitação dentro de um grupo, muitas vezes leva
os indivíduos a seguirem o impulso de falar sem pensar ou refletir. Este impulso é
algo automático que reflete uma reação a algum evento, que pode estar relacionado
a algum tipo de ameaça à própria segurança ou ponto de vista individual ou
grupal, nem sempre baseado em um sistema de crenças e valores individuais.
Embora
possamos dizer o que quisermos, o bom senso nos leva a sempre dar um passo
atrás, dependendo do contexto de nossos interlocutores ou plateia. Poder
entender o contexto de nossas falas diante de uma pluralidade de pensamentos,
depende de uma perspectiva empática sobre as crenças e valores predominantes. Por
isso, reservemos dez segundos para refletir: será que o que falamos não é apenas uma repetição
do que ouvimos? Antes de falarmos algo, necessitamos pensar na origem de nossos
pensamentos e dar a própria opinião, de fato.
Às vezes,
é justamente sua opinião própria que colaborará significativamente para solucionar
ou esclarecer alguma questão importante.
O poder da reflexão
Por
que ouvimos tantos discursos carregados de sentimentos antagônicos, temores e
inseguranças? Isso não tem nos tornado cada vez mais desconfiados de tudo e
descrentes em nossa própria raça? Neste mundo de interesses, somos
condicionados a não refletir muito porque as pessoas já estão cansadas de lutar
para manter sua paz interior e para se livrarem de situações incômodas, que
causem mais desconforto ainda. Mas aí ficam muitas perguntas sem resposta.
A
eterna luta pela sobrevivência é algo que comprova que o desenvolvimento das
civilizações humanas não conseguiu, até hoje, suprir as demandas de cada ser
humano na face da terra. Temos medo de passar fome, de não termos segurança, da falta de recursos, de sermos roubados, de não conseguirmos proteger nossas novas
gerações e enfim, de não termos acesso aos avanços das tecnologias criadas para
a melhoria da qualidade de vida. A quem interessa este ciclo de escassez
permanente? Para quê serve nossa capacidade de reflexão?
Nossa reflexão
Talvez,
para escaparmos desses discursos, bastasse que nos reservássemos o tempo para
nos voltar àquela voz interna, que nos interroga sobre a insanidade do lucro a
qualquer preço, do protecionismo, da xenofobia, das doutrinas separatistas, da manutenção
da miséria no mundo e do desrespeito às leis da natureza. As contradições
simplesmente existem, mas não podemos negá-las e negligenciá-las ou deixar para
os outros pensarem. Onde está a nossa parte nisso? O benefício da reflexão é a
própria retidão, a disciplina e o bom senso diante das contradições deste mundo!
Façamos alguns questionamentos:
a) Será que o nosso avanço tecnológico já não deveria ter solucionado essas contradições?
b) Será que o bem-estar do ser humano, de fato, é uma prioridade?
c) Existe
frase mais insana que propõe que "os benefícios da vida é para quem pode e não para quem
quer"?
d)
Existem predadores e presas entre seres humanos? Isso é natural?
e) Bom
senso, neste contexto, não seria ter um contrassenso ao que é naturalizado como
normal, e que na verdade, não é?
O que é Certo e errado?
O
nosso conceito de certo e errado é individual e muitas vezes queremos medir o
certo e errado de alguém pela nossa escala de medida. A padronização social de
valores e padrões de comportamento, muitas vezes, são as causas de tantas
contradições que convivem em nossos pensamentos e que, muitas vezes, nos
desnorteiam e nos deixam à deriva sobre o que é real e o que é manipulado, com
segundas intenções.
Até o
conhecimento produzido pela humanidade contém intencionalidades que necessitam
de uma análise individual de cada um de nós, pois este conhecimento nem sempre
é transparente por parte de quem o detém. É uma pena, pois a distribuição
parcial de conhecimentos é uma estratégia que possibilita a manipulação e a
condução das massas a interesses restritos.
Não
importa saber o certo e o errado dentro das realizações imperfeitas do ser
humano. O certo é aquele já traçado pelo Criador de todas as coisas e o errado
é nossa insistência em negar isto. Mas, o que impede a cada um de nós de reservarmos
um tempo para nos conectarmos com a nossa essência e discernirmos o que é deste
mundo e o que é Dele, nosso Criador?
Conclusão
A
conclusão é que o verdadeiro bom senso não advém da lógica humana, mas da sabedoria
que extrapola qualquer conhecimento. Temos a permissão de Deus para sermos
maiores do que o mundo diz que devemos ser e a isto devemos ser gratos, pois neste
contexto não é o que convém ao ser humano o que deve prevalecer, mas sim aquilo
que convém ao Grande Plano de Deus! Simples assim!
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