Nosso
crescimento deve fazer sentido
É preciso retirar os galhos improdutivos
No mundo das plantas, a poda visa o
direcionamento do seu crescimento, para limpeza de galhos doentes e secos, para
a renovação e equilíbrio entre ramos vegetativos e reprodutivos. Ao fazermos um
paralelo com as pessoas, uma poda educativa se refere à construção objetiva de
uma personalidade e na formação de um caráter.
Acho difícil realizar uma poda educativa
autônoma, ou seja, por nós mesmos. Em geral, são agentes externos que cumprem
esta função e, muitas vezes, de forma involuntária. Esta poda educativa é quase
sempre dolorosa, tal como quando uma planta sofre a perda de seus ramos, pois
no nosso caso, são cortes em nossas falhas egocêntricas, enquanto percorremos o
caminho do amadurecimento.
Compreendendo e aceitando nossas aparas
Sem dúvidas, o Maior Artista desse mister é o
Criador de Tudo, nosso Deus, que por meio de agentes educadores (pessoas) e
situações do destino, molda e realiza as aparas necessárias em nós. O princípio
de nosso amadurecimento, que nos torna seres humanos felizes, é justamente a
dor. Essa dor, em geral, não é uma dor física, mas uma dor interna, que expurga
de dentro de nós o orgulho, a ignorância e abre nossos traumas e ferimentos
para serem expostos à luz curativa de Deus.
A incompreensão deste mecanismo é talvez o que
mais nos impede de aceitar a perda de alguns “ramos” em benefício de nosso
crescimento pessoal. É comum lutarmos contra todo aquele que nos poda e até
sentirmos rancor, tristeza e até mesmo, nos desanimarmos. Isso porque, muitas
vezes, cultivamos com uma afetação exagerada nossos “ramos” mais formosos e
vistosos, em detrimento das verdadeiras gemas de talentos que precisamos
desenvolver.
É uma luta contra a nossa vaidade e nossas
ilusões passageiras deste mundo, onde fomos colocados. Entretanto, podemos
escolher nos aprimorar e progredirmos em direção ao nosso propósito como seres existentes, não só para este mundo mas de forma transcendental, para outro nível
de existência. É com base nesta perspectiva que devemos aceitar nossas
mortificações e as podas necessárias de nossos “ramos” defeituosos.
O Grande Jardineiro da vida é quem nos dá forma e conteúdo
Assim, só através de nossa entrega total à vontade de
aprender e evoluir espiritualmente é que podemos nos habilitar a receber os
direcionamentos de Deus. É preciso que saibamos enfrentar com serenidade a
angústia, a dor e até a humilhação pois tudo não passa de um hábil trabalho de
Deus em nós.
Ao aceitarmos e compreendermos essa verdade, por
nós mesmos, mais próximos estaremos do melhor crescimento e amadurecimento como
pessoas, como seres humanos! Quem sabe um dia, possamos ter o mérito de sermos
eleitos Jardineiros Educativos, pela Fé e confiança nos desígnios de Deus.
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