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A DESPEDIDA: QUANDO CHEGAR, DEIXEMOS A PAZ NO LUGAR

 

imagem de um único banco de madeira, sem ninguem, com encosto, próximo a um jardim com o chão cheio de folhas caídas do inverno



Somos aquilo que fazemos, não o que falamos




Nossas distrações

Numa despedida, o sujeito que não tem nada de bom para falar é melhor que fique em silêncio. Mas, por outro lado, se for para dizer algo bom, que o diga também! Que tenhamos o tempo suficiente para aprender a dizer o que é necessário, o que pode e deve ser dito ou feito, até nosso último dia nessa terra!

Trata-se de termos autoconsciência ao longo da vida e de não nos esquecermos que o tempo é curto e valioso e, por isso, precisamos cuidar para não dar importância ao que não tem valor verdadeiro, ao longo do caminho.

Somos reféns das distrações do ego, das aparências, da aprovação externa, das posses e demais supérfluos. Nada disso será levado para o nosso destino, que será igual para todos. Ao pó todos nós voltaremos!

 

Façamos algumas perguntas

O que pode fazer de uma despedida algo dramático? O que poderia ter sido mais bem aproveitado e não foi? O que de bom foi impedido de acontecer por puro capricho? Qual boa intenção foi trocada pela má intenção? O tempo passou e não se deu conta do mal que havia? O que realmente valia a pena e não foi priorizado? Faltou boa vontade? Faltou esforço? Faltou a boa palavra? Faltou grandeza e virtude nos atos? Quanto custaria impedir tudo isso?


Pensando no fim de tudo, em paz

Deixar saudades sem culpas e sem mortificações dolorosas para alguém é algo acessível para qualquer pessoa, mas só por meio da contínua busca pela sabedoria divina.

Possuímos esse filtro e temos o livre arbítrio para escolher a paz, o equilíbrio, para optar em dizer coisas boas, para espalhar o bom entendimento, com gentileza e sem cobrar retorno. Talvez seja isso o que tenha maior valor, no momento do Adeus! Deixar ótimas lembranças, palavras e gestos que poderão marcar para sempre o coração das pessoas.


Usando a autoconsciência

Não seria melhor que cada um de nós pudéssemos deixar essa última impressão para os que ficarão depois de nós? Deixar a paz interior? Então, melhor que não fazer nada é fazer sabendo que “o feito sempre será melhor que o perfeito”.

Desde que façamos com amor, por quem se importa de fato conosco, perdoando aqueles que não nos conhecem de verdade e mantendo a discrição, mesmo diante das injustiças inevitáveis do destino. Que a sabedoria também possa ser a marca de nosso Adeus!


Deixando a paz no lugar

Tenhamos saudades e gratidão pelo carinho, pela gentileza, pelo apoio, pelas palavras amigas e gestos bondosos daqueles que pudemos conhecer e que já se despediram de nós!

Assim, podemos entender o que realmente mais importa: continuar a enxergarmos, agora, aquelas pessoas que estão juntas a nós, até o fim! Nem sempre o que dissermos será o que mais será lembrado pelas pessoas mas, sim, a forma como foi dito!

 


Comentários

Não sabemos de onde viemos nem para onde vamos, porém podemos ter autoconhecimento sobre o que fazemos e como vivenciamos nossas jornadas.

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