Somos aquilo que fazemos, não o que falamos
Nossas distrações
Numa despedida,
o sujeito que não tem nada de bom para falar é melhor que fique em silêncio.
Mas, por outro lado, se for para dizer algo bom, que o diga também! Que
tenhamos o tempo suficiente para aprender a dizer o que é necessário, o que
pode e deve ser dito ou feito, até nosso último dia nessa terra!
Trata-se
de termos autoconsciência ao longo da vida e de não nos esquecermos que
o tempo é curto e valioso e, por isso, precisamos cuidar para não dar
importância ao que não tem valor verdadeiro, ao longo do caminho.
Somos
reféns das distrações do ego, das aparências, da aprovação externa, das posses
e demais supérfluos. Nada disso será levado para o nosso destino, que será
igual para todos. Ao pó todos nós voltaremos!
Façamos algumas perguntas
O que
pode fazer de uma despedida algo dramático? O que poderia ter sido mais bem
aproveitado e não foi? O que de bom foi impedido de acontecer por puro
capricho? Qual boa intenção foi trocada pela má intenção? O tempo passou e não
se deu conta do mal que havia? O que realmente valia a pena e não foi
priorizado? Faltou boa vontade? Faltou esforço? Faltou a boa palavra? Faltou
grandeza e virtude nos atos? Quanto custaria impedir tudo isso?
Pensando no fim de tudo, em paz
Deixar
saudades sem culpas e sem mortificações dolorosas para alguém é algo acessível
para qualquer pessoa, mas só por meio da contínua busca pela sabedoria
divina.
Possuímos
esse filtro e temos o livre arbítrio para escolher a paz, o equilíbrio, para
optar em dizer coisas boas, para espalhar o bom entendimento, com gentileza e
sem cobrar retorno. Talvez seja isso o que tenha maior valor, no momento do Adeus! Deixar ótimas lembranças,
palavras e gestos que poderão marcar para sempre o coração das pessoas.
Usando a autoconsciência
Não
seria melhor que cada um de nós pudéssemos deixar essa última impressão para os
que ficarão depois de nós? Deixar a paz interior? Então, melhor que não
fazer nada é fazer sabendo que “o feito sempre será melhor que o perfeito”.
Desde
que façamos com amor, por quem se importa de fato conosco, perdoando
aqueles que não nos conhecem de verdade e mantendo a discrição, mesmo diante das
injustiças inevitáveis do destino. Que a
sabedoria também possa ser a marca de nosso Adeus!
Deixando a paz no lugar
Tenhamos
saudades e gratidão pelo carinho, pela gentileza, pelo apoio, pelas palavras
amigas e gestos bondosos daqueles que pudemos conhecer e que já se despediram
de nós!
Assim,
podemos entender o que realmente mais importa: continuar a enxergarmos, agora, aquelas
pessoas que estão juntas a nós, até o fim! Nem sempre o que dissermos será o
que mais será lembrado pelas pessoas mas, sim, a forma como foi dito!
Comentários