NOSSA JORNADA ÚNICA EM MEIO AO UNIVERSO

 

   Olhe para as estrelas, sempre encontrará alguém solitário

        

Estar só, nem sempre é um problema

        Num primeiro momento, a solidão traz um desconforto, um isolamento que nos desconecta do mundo coletivo, das coisas compartilhadas em grupos humanos. Porém, é a própria solidão que nos traz a consciência sobre nossos propósitos mais íntimos, que dão significado e sentido ao movimento de nossas vidas, junto ao nosso Criador. 

        A solidão vai além de um simples isolamento individual. Se por um lado pode haver um certo desespero, tristeza e até mesmo uma sensação de impotência, por outro, é um estado silencioso de reconexão, de reencontro e aceitação da simplicidade da vida.

Nossa voz interior

É preciso atenção pois há quem não suporte um minuto e fuja desses momentos de solidão, comuns a qualquer pessoa, mas não se pode esquecer que essa fuga poderá nos impedir de ouvir nossa própria voz interior!

O mundo vê a vida coletiva como base de segurança e até de saúde mental. Porém, nem sempre a solidão pode ser interpretada como falta de sociabilidade, como antipatia ou como consequência de características negativas de quem está na solidão.

Há momentos de fragilidade na vida em que precisamos ser acompanhados pela solidão, para termos uma melhor conexão com Deus.

Viemos sós, estamos cada vez mais a sós neste mundo e, muitas vezes, somos apenas nós e Deus com uma frequência maior do que gostamos de acreditar. Ao longo de uma vida, observamos: somos populares quando jovens, na meia idade experimentamos afastamentos naturais, concluímos etapas de vida produtiva, encerramos relacionamentos erráticos ou ficamos sós pela força do destino. Na reta final vem a consciência de que só podemos contar com muitas poucas pessoas nessa vida!

A reconexão por trás da solidão

Por isso, a solidão é uma mestra da vida que nos reativa o instinto de sobrevivência, que nos ensina a nos aceitar e sentir nossa própria existência. Ela vai nos preparando um amigo dentro de nós mesmos, o qual um dia nos contará histórias passadas, rirá conosco, chorará junto a nós, nos consolará e nos dará um sorriso franco, nos dará as mãos enquanto as lições aprendidas serão repassadas, sob a Luz da Sabedoria Divina.

Portanto, sempre que sentirmos a solidão bater na porta, entendamos que iremos passar por um treinamento de desapego. A solidão só será verdadeiramente suficiente quando aprendermos a dar o devido valor ao calor humano, ao amor e à força do bem!

A jornada solitária de cada um de nós

A solidão fortalece nossa capacidade de relacionamento humano pois é, contraditoriamente, uma base para nossa empatia profunda que nos possibilita ter encontros verdadeiros e sinceros com as pessoas, em nossas caminhadas!